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Simplesmente Palavras

Coisas simples da vida

Simplesmente Palavras

Coisas simples da vida

Quando penso no que fomos juntos e naquilo que sou sem ti não sei o que fazer, não sei ao certo o que pensar. Ando perdida, sem rumo, preciso de ti do meu lado, preciso de ti para me amares.
Fazes-me falta todos os dias, pois o meu amor por ti ainda está vivo, ainda corre em mim. Mesmo que digas que o teu amor por mim acabou eu vou continuar a amar-te, vou continuar a gostar de ti como no dia em que tudo começou, como no dia em que olhei para os teus olhos e vi que eras tu o homem da minha vida.

(2004/Março/30)
Não consigo deixar de pensar no doce sabor dos teus beijos, no toque suave dos teus dedos, na tua respiração controlada, nos teus olhos castanhos cor da madeira de que era feito o meu coração, antes de o colocares na lareira sem te preocupares.
Mesmo assim não consigo deixar de pensar em ti em como nem sequer tentamos, queria mesmo ter tentado. E é este desejo escondido que parece conseguires ver quando me olhas directamente nos olhos, parece que consegues ver tudo o que desejo só ao olhar para mim.

(2003/Junho/25)
Sonho com o dia em que vamos estar juntos outra vez. Sonho contigo todos os dias e não penso em mais ninguém a não ser em ti.
Por vezes sabe bem dormir a pensar em ti, sonhar como poderia ser o presente mas outras vezes acabo por acordar a meio do sonho pois este torna-se um pesadelo em que tu nem sequer me olhas.

(2003/Junho/16)
Tens de acordar para a vida, tens que a viver, tens que a sentir. Não podes continuar sem nada fazer, não podes continuar sem viver. Tens de reagir, tens de te despedir dessa realidade que fez partir alguém que tu eras e que já não és.

(2004/Março/16)
Sinto-me invisível para ti como se não fose real, como se não existisse.
Antes parecia tudo muito real, muito verdadeiro, mas afinal foi só a minha imaginação a voar pelo tempo substituindo os acontecimentos por situações bastante melhores... Afinal era tudo mentira e passei a ser invisível.

(2004/Março/11)
Juro que voltarei para sempre mas para já deixa-me partir, deixa-me voar sozinha, só assim conseguirei voltar a ser como era. A culpa não é tua... sabes disso, mas preciso de um pouco de espaço, de um tempo só para mim.
Sei que te amo, que quero ficar contigo mas por vezes sufocas-me e eu preciso de respirar, de respirar sem estar perto de ti...

(2004/Março/22)
E as lágrimas começaram a correr-lhe pela cara. Depois daquela notícia esperada há tanto tempo nada se podia fazer, no entanto, ele só queria poder mudar o rumo das coisas, não era justo que assim acontecesse.
Teve que sair de casa já não aguentava aquele pressão de tudo lhe recordar o passado comum.
A dor sufocava tudo, apagava tudo o resto à sua volta, precisava de apanhar ar fresco, ar novo que não o fizesse recordar tudo aquilo que tentava esquecer.
Mal fechou a porta do prédio sentiu que uma porta se tinha fechado dentro de si, uma porta que dava acesso a um mundo melhor no qual todos aqueles de quem se gosta vivem em paz e sossego, numa felicidade invejada por todos aqueles que tentam que os outros não sejam felizes.
Foi até ao fundo da rua num passo acelerado como que a fugir do presente, como que a querer alcançar um passado recente, um passado com recordações que nunca mais poderiam fazer parte do presente ou de um futuro. Mas era inútil tentar alcançá-lo por isso parou, olhou à sua volta e não havia ninguém. Estava só. Física e psicologicamente só. Já não tinha ninguém.
Atravessou a rua e entrou num café. Pediu um café e um copo de água, aliás como sempre fazia. E ali esteve a tentar esquecer tudo, a tentar encontrar um sentido para a sua vida.
Levantou-se. Foi há máquina de tabaco e comprou um maço. Já não fazia aquilo há muito tempo, tinha-lhe prometido que não o voltaria a fazer mas agora... agora ela já cá não está, agora já não valia apena não fumar. Comprou um isqueiro e voltou à mesa de onde se tinha levantado. Sentou-se, abriu o maço, leu todos aqueles avisos e acendeu um cigarro. Ardia por dentro, já não estava habituado a fumar, há muitos anos que lhe tinha prometido mas agora de nada lhe valia a promessa.
Apagou o cigarro, voltou a fumar outro, e outro e outro. Aquele ardor por dentro fazia-o esquecer a dor que sentia. Fumou um atrás do outro, constantemente a fumar até ao último cigarro. No fim começou a bater com o isqueiro no maço vazio, consumido pela dor, pela angústia, pela raiva que sentia por nada poder fazer.
Levantou-se, pagou o café, saiu e continuou a andar sem destino, sem saber onde ir, sem saber o que fazer. Acabou sentado num banco de jardim onde tinham deixado um jornal. Pegou nele e começou a desfolhar, a ler os títulos, a ver que só aconteciam coisas más pelo mundo. Chegou à secção da necrologia e deu de caras com a foto dela. Resolveu ler o que dizia aquele pequeno rectângulo, "Pais, irmãos e demais família (...)". Pois, ele já sabia que ele seria a demais família, nem namorado lá escreveram, mas também de que valia?? Ela já tinha partido, ele já tinha quebrado a promessa e eles nunca mais se voltariam a encontrar.

(2004/Março/19)
Consegues imaginar o Mundo sem os mimos, o carinho, o amor de alguém que tu sabes que estará sempre lá para ti? Não pois não?? Bem me parecia... Estás habituado a ter sempre alguém à tua espera, a ter alguém que te perdoa tudo, alguém a quem não precisas de dar explicações sobre o que fazes ou deixas de fazer pois essa pessoa está lá. Mas comigo vais ter de deixar esse hábito de lado... ou então és tu que ficas de lado para mim.

(2004/Março/16)
Ficar a pensar nas palavras que sempre me disseste e que sempre soube que eram falsas. Porque é que não quis ver que me estavas a mentir? Porque é que fiz de conta que não sabia? Porque é que disfarcei?
Não, não me arrependo de nada do que fiz, de nada do que passei contigo pois sei que foi o mais certo naquele momento, foi o que mais quis naquela altura. Mas agora tenho medo de voltar a gostar de alguém e de só me lembrar de ti...

(2003/Novembro/14)
Dói-me os olhos... dói-me a cabeça... dói-me o coração... dói-me tudo em que já tocaste, dói-me tudo aquilo por que já te apaixonaste. E a ti, será que te dói alguma coisa? Provavelmente não, depois de teres olhado nos meus olhos e teres dito que já não me amavas, que já não me querias, depois de teres olhado nos mesmos olhos que antes dizias adorar e sem os quais dizias ser impossível viver, depois disso nada te pode doer.
É incrível como conseguiste... parece impossível mas foste tu que me largaste, foste tu que me abandonaste mais uma vez. Tantas vezes te perdoei, tantas vezes te pedi para que voltasses, tantas vezes fui eu que pedi desculpa apesar de teres sido tu a fazer asneira e mais uma vez foste tu que me abandonaste, mais uma vez foste tu que disseste que o amor acabou, que não dava mais. E estás à espera que mais uma vez vá atrás de ti, que mais uma vez te aceite e esqueça o passado mas não vai ser assim. Estou farta de sofrer, de ficar com as culpas todas dos erros dos outros, farta de ser sempre a coitadinha, farta de chorar por tua causa, farta de ouvir os outros a dizerem que tu não me mereces... E sabes que mais?? Não mereces mesmo. Uma pessoa que tem o "dom" de fazer as outras sofrerem permanentemente só merece que alguém faça o mesmo para sentir como é. E tu mereces que te façam o mesmo que me tens feito para ver se entendes como consegues fazer os outros sofrer, fazer com que o meu coração esteja a doer pois no fundo sem ti já não sei viver.
É estranho, por muito que te queira longe, por muito que queira parar de sofrer, não consigo deixar de pensar na pessoa pela qual me apaixonei... Essa pessoa era bastante diferente daquela que tu és quando sais pela porta do nosso quarto. No nosso quarto continuas o mesmo de há 20 anos quando te conheci, no quarto não mudas, és tu, és o homem pelo qual me apaixonei, o pior é quando não estamos no quarto. Estás sempre a discutir comigo, estás sempre a pôr defeitos em tudo o que faço ou digo, quase nunca me olhas e depois dizes sempre que a culpa é minha... Claro, como se já não estivesse habituada a isso...
E é por seres assim, por seres diferente fora do nosso quarto que me quero separar. Apesar de me doerem os olhos de tanto chorar, a cabeça de tanto pensar e o coração de tanto sentir quero-te longe, bem longe, pois não posso amar alguém que só existe entre 4 paredes.

(2004/Março/13)

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